O bilhete
Publicado en May 17, 2011
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"Hoje eu acordei proposta a mudar  minha vida. Começo um novo emprego, preciso me esforçar para que tude de certo, vai dar certo.
Querido diário, me deseje sorte! "
Dessa forma Cristina fecha seu laptop e se arruma para o emprego. Olhando pela janela antes de sair de casa via a chuva caindo, seu olhar fixono horizonte era previsão de que estava com a mente longe....
"Amor, vamos logo! Você sempre demora!"
Trin~ Trin~ Trin~  O som do telefone tira Cristina de sua lembranças. Olhando para o relógio, sorri.
-Sempre atrasada! - Corre ate o telefone na tentativa de alcança-lo antes que desistam
-Alô!..... Sim, sim, eu sei o caminho....uhum....sim. Obrigada por se preocupar! Tchau!
Dessa forma Cristina sai de sua casa para enfrenter sua nova vida que estava iniciando. O passado vivia lhe dizendo que tentar era inútil, mas ela sabia que apesar da vontade de pemanecer onde estava, a vida continuava.....
 
-Bom dia Senhor, sou a Cristina. Vim para o meu primeiro dia de emprego.
-Bom dia Sra. Cristina. Me acompanhe. - Caminhando pela estação de televisão, Cristina ia conhecendo o lugar que iria fazer parte do futuro que estava reservado para a sua vida.
 
-Espero que de tudo certo sra. Aqui é a sua mesa. Boa sorte.
 
E assim Cristina ia passando seus dias, revesando entre a sua casa e o seu emprego. Como a cidade era nova, não conhecia ninguém, não tinha amigos, nem familiares. Era somente ela e o tempo..... Esse que a fez passar por coisas maravilhosas, ao mesmo tempo que a fez conhecer os piores sentimentos desse mundo.
 
-Hoje eu realmente estou cansada.- Disse ela jogando a bolsa no chão e se jogou no sofá.
Quando estava quase dormindo a campainha de sua casa toca insistidamente. Meio sonolenta ela selevanta e caminha até a porta. Ao abrir a porta não via ninguém, apenas um bilhete. Olhando ao redor ela busca encontrar quem teria deixado aquele bilhete em sua porta. Porém, sem avistar ninguém, ela começa a ler...
"Me desculpe por não te procurar antes.
Eu sinto muito a sua falta...Não tive coragem de lhe
entregar pessoalmente, mas...sabe onde me encontrar
caso a respostas ainda seja sim"
 Caso a resposta ainda seja sim? - Relia em sua mente essas frases sem entender o que estava acontecendo-Eu não disse sim para ninguém, essa carta não é pra mim, mas a pessoa não erraria o endereço quando se trata de algo tão importante!
Cristina passou toda a noitebuscando entender o que tinha acontecido, para quem seria aquela carta. Foi quando então percebeu que poderia ser para a pessoa que morava antes em sua casa. Sentando-se na cama começa a olhar em sua escrivaninha o número do agente mobiliário que lhe tinha alugado a casa.
-Alô? Sra. Henrique? Boa noite, é a Cristina, da casa da ladeira?.......isso ,isso mesmo. Me desculpe incomodar, mas é que eu recebi uma correspondência para a antiga moradora e queria saber se o senhor poderia me passar o telefone dela, ou o endereço.........Hum, eu sei que é confidencial, mas .....mas é realmente importante e urgente.......Ela so deixou o celular como contato? Entendo.....O celular seria perfeito, pode me dizer...Uhum...sim..Anotei! Obrigada!!!
 
Cristina estava muito feliz, fazia tempo que não sentia que sua vida era útil para alguma coisa. Sentada na beira de sua cama ela olhava para o telefone e para o número que estava em sua mão, sem coragem para ligar. Ela não sabia o que dizer, nem o seu nome ela sabia. -Mesesqueci de perguntar o nome dela, como sou idiota! Bom, eu tenho um bom motivo para ligar, então....- Calmamamente ela digita os números....
 O telefone chama insistantemente, porém ninguém atende
-Ela deve estar dormindo. Melhor tentar novamente mais tarde.- E assim cristina decide ir dormir.
No meio da madrugada seu telefone toca. Muito assustada, Cristina se levanta correndo da cama e atende ao telefone.
-Alô?!
-Eu preciso de ajuda!
Sem conseguir compreender o que estava acontecendo Cristina se senta no sofá
-Ajuda? Quem esta falando?
-Esse número me ligo hoje cedo. Eu preciso de ajuda- A voz ia ficando mais fraca....
Nesse momento Cristina sabia que se tratava da dona da casa onde agora ela morava.
-Sim! Fui eu que liguei. Onde você esta? Irei te ajudar!
-Estou em uma praça, com muitas luzes, muitas pessoas, não sei ao certo.... estou deitada em um banco perto do chafariz.....
Cristina sabia que naquela redondeza so existia uma praça com chafariz. E assim ela foi correndo ate o encontro da mulher misteriosa. Correndo pelas ruas, ela avista a praça. De longe via uma mulher deitada em um banco, parecia desacordada. Se aproximando, ela tenta acordar a mulher.
-Sra. Sou eu quem falou no telefone ainda pouco.... Esta acordada?
A mulher não respondia. Cristina sabia que a única coisa que podia fazer era levá-la a um hospital, e assim o fez. Ao chegar a ambulancia, ela não sabia dizer o nome, endereço, por isso decide dizer que estava passando pela praça quando a viu.
Sentada nos bancos de espera do hospital, torcia por boas notícias. Tudo parecia tão confuso, algumas horas atrás nem sabia da existencia daquela mulher, e agora, estava passando a noite em um hospital.
-Doutor- Grita ela ao avistar o médico passando pelo corredor- Como esta a mulher que veio de ambulancia ainda pouco?
-Você é parente?
-Não senhor, eu.....eu estava na praça no momento certo. Mas eu estou preocupada com ela, por favor, me diga.
-Ela esta bem agora. Parece que estava com pressão baixa, mas precisamos fazer exames para saber ao certo o que aconteceu à ela.
-Eu posso visitá-la?
-Certo. Mas não demore muito, seja rápida.
Caminhando até a porta do quarto  Cristina se lembra de momentos em seu passado que também teve que caminhar por corredores como aquele. Ao chegar na porta do quarto, as lembranças novamente se misturam com a realidade.
"Meu amor, veio me visitar!-sorri o homem de cabelos negros e olhos claros- Hoje eu estou muito melhor"
-Sra? Sra?Sra?- Aumenta o tom da voz a enfermeira, trazendo Cristina novamente para a realidade.
-Ah, sim! Eu vim visitar ela.
-Pode entrar, ela esta acordada.
Cristina entra no quarto e ve uma moça de cabelos longos, ruivos, com traços orientas, deitada na cama.Parecia tão frágil.
-Boa Noite! -Sorri Cristina
-Desculpe, nos conhecemos? -Disse a mulher olhando espantada para Cristina
-Você me ligou pedindo ajuda.
-Ah certo! Eu me lembro. Desculpe por isso, mas eu não tinha para quem ligar, e vi uma chamada perdida com seu número.... - Parecia tão triste enquanto dizia essas palavras, pensava Cristina.
-Não, não tem problema. Eu queria muito falar com você hoje,e fiquei muito felizquando me ligou.- Se senta na beira da cama - Esta realmente bem?
-Sim! Eu sempre estou em casa quando isso acontece, mas hoje não tive tanta sorte. Qual seu nome? Porque me procurava?- Ela olhava muito curiosa para Cristina.
-Me chamo Cristina. Eu aluguei a sua casa.
-Você mora na ladeira? Eu amava aquela casa. Me chamo Francine! Prazer...
Naquele momento Cristina sabia que não era o melhor falar do bilhete, poderia ser algo desagradável para Francine e piorar sua situação. Resolve apenas ficar ali naquela noite, e tentar conhece-la melhor. 
As duas passam a noite conversando sobre nada realmemte importante, o tempo, as cores da cidada pela noite, suas músicas preferidas... E assim ambas adormecem.
Pela manhã  a enfermeira abre a cortina da sala, e acorda Cristina.
-Sra. Cristina, ja amanhaceu!
-É verdade.- Disse ela enquanto se alongava. Olhando para a Francine  a viu dormindo tão profundamente.
-Não se preocupe, ela esta bem melhor. Se quiser pode ir para casa, eu digo a ela que esteve toda noite aqui.
-Eu realmente preciso tomar um banho, mas mais tarde eu volto.
Chegando em casa ela decide que de hoje não poderia passar, ela iria entregar o bilhete. Depois de tomar seu café da manhã, decide voltar ao hospital. No caminho vai pensando de que forma ela poderia contar sobre o brilhete. 
No elevador do hospital decide que não importava como, ela deveria contar.
-Cristina! -Sorri Francine- Eu pensei que nunca mais fosse te ver. A enfermeira disse que passou a noite aqui, não precisava.
Sorrindo e feliz com a recepção, responde:
-Claro que iria voltar.- Sentando ao lado de Francine ela diz:- Francine, eu preciso conversar com você.
Francine olhando nos olhos de Cristina se senta na cama, esperando que a Cristina continuasse.
-Eu estava em casa pela noite, qando tocaram a campainha e deixaram esse bilhete na porta. Eu não pude ve quem era, mas quando eu li sabia que tinha que te encontrar e lhe entregar. - Estendendo a mão  entrega o bilhete, se levanta e olha pela janela do quarto, vendo as pessoas andaram pelas ruas,na tentativa de dar alguma privacidade a Francine e ao mesmo tempo ve sua reação.
Lendo o bilhete as lágrimas escorrem de seu rosto, seus ollhos liam cada linha cuidadosamente. Cristina observava ansiosa, mas sabia que não podia intervir, era um momento particular. Lentamente ela se dirige a saída do quarto.
-Não vai! - Diz ela sussurrando- Eu precisote agradecer, senão fosse por você eu nunca poderia recuperar a minha esperança.
Os olhos de Cristina não conseguem conter  a emoção. Ela corre até Francine e a abraça. As duas chorando sentem o coração se aquecendo, algo que para ambas parecia impossível, ja que a solidão tinha sido a companheira.
-O que vai fazer agora? Pergunta Cristina
-Eu vou até ele. Hoje eu recebo alta, então vou até ele.
-Me permite perguntar o que aconteceu entre vocês?
Exitando por um tempo, Francine diz:
-Ele tinha uma oportunidade para ir estudar nos EUA, e eu estava meio debilitada na época, mas não quis preocupá-lo, nem fazer com que perdesse essa oportunidade. Então, eu terminei com ele... Acredito que ele tenha descoberto o motivo do término, enfim...
 - Boa sorte! Te desjo toda felicidade do mundo!
-Obrigada! Mas...e você, não perguntei, é casada? 
-Eu ja fui.......muito tempo atrás. - Dizendo isso Cristina sai do quarto, caminha ate o ponto de onibus. Tudo o que ela viveu em 2 dias tinha sido mágico, ajudar uma pessoa a reencontrar o amor e ser feliz, era tudo que lhe bastava. Falar de seu passado ainda não era uma opção, talvez nunca seja. Perder seu marido devido a uma doença degenerativa não era uma bela história de amor.
Sentada no banco olhando pela janela o zigue-zague das pessoas, só consgeguia torcer pelo final feliz da Francine.
Os dias foram se passando e ela nunca mais teve notícias, foi seguindo com sua vida. Porém agora não achava tão ruim a sua vida, percebia que a vida é feita de momentos, surpresas e que temos que estar abertos para recebe-los. Seu coração não estava mais preenchido pelo vazio, mas pela esperança do amanhã e pela certeza que coisas boas acontecem.
Depois de um mês sem notícias, Cristina estava em sua casa quando a campainha toca. Ao abrir a porta ve um homem de terno preto, com uma maleta.
-Sra. Cristina Albuquerque?
-Sim, sou eu.
-Eu vim em nome de Francine Gomes, posso entrar?
-Claro. - O que será que esta acontecendo? Pensava ela.
-Bom. A sra. Francine estava muito doente na época em que se conheceram. Ela tinha um tumor no cérebro. Infelizmene ela veio a falecer a dois dias atrás.
Cristina não compreendia o que estava acontecendo. 
-Como assim morreu? Eu estine no hospital com ela, os médicos.....-Ela começ a nadar pela sala- eles não disseram nada.
-Foi um pedido dela. Ela se trata naquela hospital desde que descobriu sua doença. Ela me pediu que lhe entregasse essa carta.
Cristina sem acreditar no que estava acontecendo, pega a carta e começa a ler:
Prezada Amiga,
espero que possa te chamar assim. Mes desculpe por não revelar minha doença, mas eu queria que gostasse de mim sem sentimemtos de pena envolvido. Gostaria que soubesse o quanto foi importante na minha vida te conhecer. Antes eu pensava que não existia amizade, amor, sinceridade nas pessoas. Você me provou totalmente o oposto. Com você pude sentir tudo isso, em apenas dois dias. A amizade ao te ter por perto na noite que passou comigo no hospital, o amor ao me entregar aquele bilhete, e a sinceridade por se esforçar em me encontrar. Peço que não fique triste com a minha partida, porque ela será necessária. Por favor, seja muito feliz. Aproveite cada segundo que exista, viava cada dia como se fosse o último. Seja feliz!
Com amor sua eterna amiga,
Francine.
 
A única coisa que Cristina era capaz de fazer naquele momento era chorar, e assim ela fez descontroladamente. Nunca passou em seus pensamentos que aquela tarde seria a última com ela, uma pessoa que queria conhecer melhor, dividir uma amizade.
 
-Sra. Sei que esta triste, mas eu preciso lhe entregar o resto. Ela te deixou essa casa como herança.
-Como? - Cristina estava totalmente sem chão.
-Ela não tinha mais família!
 
Quando se passou dois meses de sua morte, o homem do bilhete bate a sua porta.
-Pois não!- Diz Cristina
-Bom dia Sra. Me chamo Gustavo. Fui eu quem deixei o bilhete em sua porta....
Um grande sorriso ilumina o rosto de Cristina
-Eu não poderia deixar de te agradecer por tudo que fez pela Francine e ....por mim. Caso contrário eu não teria vivido os melhores dias da minha vida.
-Não precisa agradecer. Conhecer ela foi importante para mim também.
-Ela era realmente uma pessoa fantástica.-Lágrimas caem dos olhos do jovem rapas alto, branco de cabelos escuros.
-Não gostaria de entrar?
-Obrigada!
Dessa forma Cristina percebe que a vida é tão finita, e que no pouco tempo que temos sobre a terra sentimentos perpassam nossa vida. Uns bons, outros ruins, mas será que não vale a pena tudo isso? Ela percebe que sim, apesar de toda a dor que sentiu ao perder seu marido e depois Francine, nada superou a alegria de ter-lhes conhecido.
O que vai acontecer com ela? Somente o futuro saberá dizer. Mas uma coisa é certa, ela viverá!
 
 
 
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Foto del autor Rita Andrade
Textos Publicados: 3
Miembro desde: May 15, 2011
2 Comentarios 431 Lecturas Favorito 1 veces
Descripción

O que voc faria se encontrasse um bilhete na porta da sua casa, sem remetentes e sem destinatrio? Como voc encara a perda em sua vida? Essa histria fala sobre o amor, a amizade e o poder que temos quando nos decidimos por abrir o corao ao inesperado.

Palabras Clave: Amor Amizade Sentimentos verdadeiros Rita Andrade Histria de amor contos de anor relacionamentos morte a dor da perda

Categoría: Cuentos & Historias

Subcategoría: Moraleja & Fbula



Comentarios (2)add comment
menos espacio | mas espacio

Rita Andrade

Eu fico feliz que tenha gostado da história. Eu sempre gostei de escrever, porém só agora tibe coraem de mostrar. Estou montando um blog, caso queira visitar.


http://acrosstheuniverseyouandi.blogspot.com/
Responder
May 17, 2011
 

Turmalina

MARAVILHOSA HISTÓRIA DE AMOR...BELA...TURMALINA
Responder
May 17, 2011
 

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busy